ESPOROTRICOSE

março 9, 2008

A esporotricose é uma micose causada por fungo (Sporothrix Schenckii) que vive nas plantas, restos vegetais e solo. É considerada uma zoonose, ou seja, é uma doença de animais que pode ser transmitida ao ser humano, ou ocorrer o inverso também. Ela é comum em pessoas que trabalham com plantas e terra como jardineiros, floristas, por exemplo. O fungo só contamina quando há uma lesão na pele, em que ele penetra. Plantas tais como roseiras e cactos ou mesmo farpas de madeira apodrecida ou terra são as fontes de contaminação.

Mundial. Porém, sua maior ocorrência consiste em regiões subtropicais e temperadas, com características distintas segundo o país ou região de ocorrência. A maior freqüência ocorre no continente americano. O maior número de relatos vem do México e do Brasil. Na América do Sul é muito freqüente no Uruguai e ocupa o primeiro lugar na Colômbia e Venezuela, sendo rara no Chile, Panamá e Equador. No Brasil ocupa o segundo lugar, após a paracoccidioidomicose, mas há variações conforme a região. Em São Paulo ocupa o segundo lugar, no Rio Grande do Sul é a micose subcutânea mais freqüente e na Amazônia ocupa o quarto lugar.

Muitas vezes a essa doença é chamada de forma equivocada, como “doença do gato”, por exemplo. O gato é simplesmente uma das espécies como cavalos, gatos, cães, animais silvestres e o próprio homem em que há possibilidade de adquirir esta doença. O gato pode adquirir a doença através das plantas, brigas com outros animais e, portanto quando infectado pode transmitir a esporotricose através de arranhões. Os sintomas da doença se manifestam através de lesões localizadas na cabeça, mãos, patas e caudas. Na sua fase inicial a doença pode ser confundida com feridas comuns causadas por brigas entre gatos. Entretanto essas feridas ou caroços se transformam em úlceras com pus e crosta. A maneira de evitar a contaminação dos gatos pela esporotricose é esterilizá-los para que não briguem, não saiam para a rua, e não se infectem com plantas contaminadas com o fungo.

O diagnóstico pode ser obtido pelo exame direto, cultura em meio Sabouraud, ou exame histopatológico. Pode ser dividido de acordo com a forma clínica em forma cutânea (linfática, localizada e disseminada) ou forma extracutânea.

A esporotricose tem cura e quanto mais rápido for iniciado o tratamento, mais fácil é a cura. Em caso do seu animal apresentar esses sintomas, leve a um médico veterinário para que ele possa ajudar e fazer as devidas recomendações para seu animal.

Texto redigido por Rudiard Nardelli, Médico Veterinário.